Quando os rins deixam de funcionar corretamente, o corpo precisa de ajuda para eliminar toxinas, excesso de líquidos e manter o equilíbrio do organismo. É aí que entra a diálise — um tratamento que substitui parte da função dos rins.
Existem dois tipos principais de diálise: hemodiálise e diálise peritoneal. Ambas são eficazes, mas funcionam de formas diferentes e têm rotinas distintas. Entender essas diferenças pode ajudar pacientes e familiares a tomarem decisões mais conscientes junto à equipe médica.
Hemodiálise
A hemodiálise é o tipo mais conhecido. O sangue é retirado do corpo por uma máquina, que filtra as impurezas e o devolve limpo ao organismo. O processo é feito em clínicas ou hospitais, normalmente três vezes por semana (ou segunda, quarta e sexta ou terça, quinta e sábado), com sessões que duram cerca de quatro horas cada.
Como funciona?
O sangue sai por um acesso (geralmente uma fístula no braço ou através de um cateter colocado em uma veia), passa por um filtro chamado dialisador e retorna ao corpo já purificado.
Pontos importantes:
- É realizada em ambiente controlado e supervisionado por profissionais.
- Exige deslocamento até a clínica nos dias e horários definidos.
- A dieta e a ingestão de líquidos costumam ser mais restritas.
Diálise peritoneal
Já a diálise peritoneal é feita em casa, pelo próprio paciente (ou com a ajuda de um cuidador), o que oferece mais autonomia e flexibilidade. Nesse método, utiliza-se a membrana natural do abdome — o peritônio — como filtro.
Como funciona?
Um líquido especial é introduzido na cavidade abdominal por meio de um cateter. Esse líquido permanece ali por algumas horas, absorvendo toxinas e excesso de líquidos. Depois, é drenado e substituído por um novo.
Existem dois tipos:
- CAPD (manual): Trocas feitas manualmente, várias vezes ao dia.
- DPA (automatizada): Feita à noite, com ajuda de uma máquina enquanto o paciente dorme.
Pontos importantes:
- Permite maior liberdade de horários e mobilidade.
- Requer disciplina e cuidado com a higiene.
- Pode ser uma ótima opção para quem deseja trabalhar ou estudar com mais flexibilidade.
Qual o melhor método?
Não existe um “melhor” tipo de diálise. A escolha depende de diversos fatores, como estilo de vida, condições clínicas, suporte familiar e preferências pessoais. O mais importante é que o tratamento seja feito com regularidade e acompanhamento médico constante.
A diálise é um novo jeito de viver — e, com informação e apoio, é possível manter qualidade de vida e bem-estar.
Ótimo. Agora você já sabe o que é, para que serve e quais são as principais diferenças entre a hemodiálise e a diálise peritoneal. Portanto, se tiver restado quaisquer dúvidas, não deixe de entrar em contato conosco para agendar sua consulta.